CATARInaEUROPA

De viagem por Budapeste, Praga, Viena, Berlim e Bratislava

terça-feira, julho 29, 2008

A sorte do azar

Sabado, 26 de Julho
Faz 8 dias que estamos em viagem e ja vimos coisas completamente diferentes. Num balanco colectivo nao conseguimos definir o que gostamos mais... de Veneza a Lubliana, os alpes, as bonitas praias da Croacia...
Hoje fomos fazer um passeio de barco pelas ilhas Elaphine, ao largo de Drubovnik. Na primeira ilha em que paramos compramos uns oculos de natacao por 1 euro para mergulharmos junta a costa. Os oculos nao era bons inundavam imediatamente. Nao vimos nada do fundo do mar mas o mergulho valeu a pena pelas aguas transparentes e azuis daquelas que se ve nos postais e que parece que levaram um filtro (aqui o mar e mesmo desse azul).
Depois do almoco a bordo paramos em mais uma ilha que tivemos de atravessar para chegar a uma praia na outra ponta. Foram 30 minutos a andar pelo meio do pinhal debaixo de sol, mas mais uma vez o mergulho no mar que se seguiu compensou a caminhada.
De regresso ao barco (desta vez voltamos de boleia num carrinho de golf), quando estavamos quase a chegar ao porto vimos o nosso barco zarpar... ficamos apeados na ilha. Conseguimos uma "boleia" de um outro barco que tinha ao leme um velho lobo do mar. Fizemos o percurso ate Dubrovnik ao som de musica dos anos 70 e 80 e nao conseguiamos parar gabar a simpatia e amabilidade do nosso capitao!! (deu direito a fotos e tudo com o senhor). Quando chegamos ao porto, o "nosso capitao" pediu-nos 150 kunas... afinal a "boleia" saiu-nos cara... (150 kunas sao cerca de 22 euros, ou seja, 300 kunas sao 44 mais ou menos).
Numa retrospectiva destes 8 dias de viagem, o vento tempo sempre de feicao. Sobrevivemos a uma tempestade nos ceus de Frankfurt e conseguimos chegar a Veneza no dia previsto. Ainda que clandestinos, conseguimos chegar a Lubliana na noite pretendida, tivemos desconto na multa e conseguimos sair da ilha depois de perder o barco. E caso para dizer que temos tido muita sorte, dentro de alguns azares.

Terca-feira, 29 Julho.
Estamos novamente no norte da Croacia, em Rovinj na regiao da Istria. Uma pontanhia do pais ja colada a Eslovenia. Sao os ultimos cartuchos destas ferias... Nos proximos dias vamos andar numa sucessao de viagens, primeiro ate Lubliana novamente onde nos espera o comboio ate Veneza e depois um aviao de regresso a casa. As proximas aventuras ficam para contar pessoalmente. Ate breve!!

sexta-feira, julho 25, 2008

Um mergulho no Adriatico

Saimos de Split ontem de manha com o objectivo de chegar a Dubrovnik ao final do dia. Sao 200 quilometros por uma estrada serpenteada junto a costa, com as montanhas aridas a ampararem-nos de um lado e o abismo azul do outro. O mar em baixo tem aquela cor das fotografias dos prospectos turisticos e as centenas de ilhotas que se avistam confundem-nos a geografia.
Numa das poucas rectas aproveitei para acelerar... um policia escondido cortou-me o balanco. . Nada a declarar a nao ser ,... Acabou por me fazer um desconto e paguei apenas 300 kunas.
Seguimos caminho e entramos na Bosnia. A costa da Croacia tem um bocadinho minimo que pertence a Bosnia... mais uma vez a baralhar a geografia.
Chegamos a Dubrovnik ao cair da noite. Esta cidade na ponta mais a sul da Croacia e recortada sobre o mar adriatico e a vida acontece dentro das muralhas que se estendem ate ao mar. Nao foi dificil arranjar um apartamento. Ficamos em dois enormes quartos, com kitchnet, casa de banho no quarto e uma enorme varanda, por 25 euros noite.
Hoje, finalmente, mergulhei no Adriatico, a agua mais azul e limpida que ja vi na vida. Nao e facil chegar a praia porque a estrada e no cimo da montanha e e preciso descer enormes escadas escondidas nos jardins de casas particulares para alcancar, por fim, o areal.
Penso que a vida assim sabe bem e mergulho no azul profundo...


P.S. Os teclados nao me permitem fazer acentos e alguma pontuacao, dai a linguagem estranha. Quando regressar a casa prometo corrigir a ortografia e incluir fotos.

quinta-feira, julho 24, 2008

Mudanca de planos - rumo ao sul

Deixamos Lubliana com um sol timido... chegamos a Zagreb debaixo de chuva torrencial e frio. Face ao tempo decidimos uma mudanca de planos e rumar directamente ao sul, na esperanca de melhor tempo.
O dia foi passado a viajar ate Split (cerca de 350 quilometros desde Zagreb) e a chegada a Split foi uma desilusao... depois de um dia inteiro dentro do carro, continuamente a chover, Split parecia tudo menos a idilica ideia de uma praia no Adriatico.
Procuramos o Al's Hostel, indicado no guia de viagens, mas o Al (um tipo ingles de meia idade e brinco na orelha) nao tinha quartos livres. Acabou por nos indicar uma amiga que nos indicou outra e assim chegamos a casa da Anna que nos alugou um quarto por 130 kunas (18 euros). A Anna oferecu-se ainda para nos acompanhar a um local onde estacionar o carro sem pagar e no regresso tive oportunidade de conversar um pouco com ela e fiquei a saber que o ordenado minimo na Croacia sao 300 euros e que os croatas estao renitentes em aderir a UE.
E assim fizemos dois amigos na Croacia (ainda encontramos o Al mais tarde).
Split "escondido" acabou por tornar-se uma agradavel surpresa, com as suas ruas antigas, labirinticas e estreitas, tao estreitas que com os bracos abertos conseguimos tocar as duas paredes. Do alto de uma janela alguem gritou ˝Andam ai tugas˝. Somos assim, estamos por todo o lado...
A noite acabou num bar que funciona num quintal de alguem (ao genero do bar sem telhado na Praia das Macas). Bom som, bom ambiente, Mojitos e Caipirinhas e um ceu escuro mas estrelado, pressagio de um dia de sol na manha seguinte.

quarta-feira, julho 23, 2008

A velocidade de cruzeiro

So far so good... os contratempos parecem ter terminado!
Ja com o carro de aluguer fomos visitar as grutas Postjnska, um passeio pelo interior da terra a 8 graus, onde ha milhoes de anos tudo era agua. Visitamos tambem o Castelo Predjamski, contruido no interior de uma rocha gigantesca. A boa maneira tuga fomos entrando... sem pagar!!
A Eslovenia e um pais pequeno, mais ao menos do tamanho do Alentejo. Conseguimos atravessar meia Eslovenia em pouco mais de uma hora, comigo ao volante a velocidade de cruzeiro e chegamos a Bled, nos alpes julianos, muito oerto da fronteira com a Austria.
Bled e uma especie de estancia balnear a beira de um enorme lago de agua limpida e morna. De um lado e rodeado por grandes montanhas que no Inverno se cobrem de neve, e do outro lado e acompanhado por hoteis, esplanadas e jardins. As pessoas passeiam pelo passadico, sentam-se em bancos a ler e a olhar o lago, pescam, fazem piqueniques.
Pela estrada dos alpes chegamos a Bohinj, um outro lago, menos explorado turisticamente mas tambem mais selvagem.
Estamos de partida para Zagreb, capital da Croacia.

segunda-feira, julho 21, 2008

3 mulheres nuas em Veneza e uma viagem clandestina para a Eslovenia

Estamos finalmente em Lubliana. Depois das nossas malas se terem perdido no aeroporto, chegamos a Veneza com a roupinha do corpo. Quem saiu a ganhar foi o Rui que dormiu no quarto com 3 ragazzas nuas...
Ontem passamos o dia em Veneza a espera das malas. Quando as tivemos finalmente preparamo-nos para ir comprar o bilhete de comboio para a Eslovenia. E foi ai que o segundo contratempo aconteceu...
Na bilheteira nao nos venderam bilhetes para o comboio. Disseram-nos que tentassemos comprar no comboio mas que iria ser mais caro. Quando o comboio chegou a estačao confirmaram-nos que era possivel. Custava 39 euros por pessoa (na bilheteira custaria 25). Ok! Vamos nessa... mas nao tinhamos dinheiro suficiente e os 5 multibancos que encontramos nao nos deram dinheiro... Conseguimos comprar euros com cartao de credito no casa de cambio. Entramos no comboio e indicaram-nos o nosso compartimento: era a casa de arrumos do comboio... balde, esfregona, cobertores, almofadas e nos!
Descobrimos que o dinheiro que iriamos pagar pelo bilhete seria directamente para o bolso do revisor, do cobrador e da senhora que vendia sandes a um euro num cubiculo e fumava cigarros (o comboio era para nao fumadores mas com os 150 euros que pagamos premitiram-nos fumar na casa de banho). Pergunto-me se 50 euros sera um bom valor porque os nossos anfitrioes trataram-nos como passageiros VIP.
20 minutos antes do comboio chegar a Lubliana o nosso amigo avisou-nos que estavamos a chegar ao destino. 2 minutos depois o comboio parou... a locomotiva avariou-se e tivemos uma hora parados.
Chegamos ao Hostel Celina as 4 da manha. O Hsotel Celina, em Lubliana, capital da Eslovenia, era uma antiga prisao e os nossos quartos sao celas que foram redecoradas por varios designers. Este sitio espectacular - depois do stress de tantas aventuras e de quase 48 horas sem tomar banho ou mudar de roupa - compensou os contratempos do dia anterior. Prova superada!! Estamos ca e estamos a adorar...
A historia continua aqui... brevemente!!

quinta-feira, agosto 31, 2006

Considerações do viajante I


À parte das cidades que visitei, e tudo o que de magnífico englobam - dos promenores à monumentalidade dos edificos - existe toda uma experiência que apreendi com os cinco sentidos. Uma viagem é composta por cheiros, sons, pessoas, sensações... que se guardam junto das fotografias mentais dos locais por onde passamos.
Para começar, a experiência de viajar sozinho!
Posso dizer-vos que o mais difícil passou-se antes de iniciar a viagem. Toda a expectativa, inseguranças, medos, disiparam-se no decorrer dos primeiros dias. Peço desculpa se desaponto alguns amigos/leitores do blog... mas realmente, viajar sozinho não é nada de extraordinário! Quer dizer, é espectacular no sentido em que organizamos o nosso tempo, em função dos nossos interesses: levantava-me e deitava-me à hora que queria, comia quando tinha fome, geria o meu dinheiro sem ter de discutir preços com ninguém, optava por ver o que mais gostava sem cedências aos interesses dos outros e, se houve dias em que fiz autênticas maratonas pelas cidadas, noutros deixei-me ficar por locais que me agradavam a ver passar o tempo!
Quando digo que não é nada de extraordinário, refiro-me à sensação de aventura, até mesmo de coragem, que pensava que iria encontrar. Posso mesmo dizer-vos que muitas vezes senti que estava apenas a fazer aquilo que nasci para fazer: viajar e escrever sobre isso.
Para já, um ponto positivo.
Existem depois outras questões de ordem prática. Por exemplo, os famosos "Hostel". Partilhar um quarto com mais sete desconhecidos, pode, à partida, parecer, no minímo, assustador. Confesso que a primeira noite (como em todas as primeiras vezes) é desconfortável. A partir daí, é como a Coca Cola: primeiro estranha-se, depois entranha-se! Deixei de procurar quartos individuais, a minha primeira opção era sempre o quarto com maior número de camas. Primeiro, é sempre o mais econónimo (o máximo que paguei por noite foram 17 euros e o minímo 10) e quantos mais companheiros de quarto, maiores as possibilidade de fazer amigos.
Mais um ponto a meu favor.
Comboios e autocarros de longo curso, assim como as respectivas estações, são outro bom local para travar amizades. Nestes locais (que merecem uma crónica por si só) toda a gente tem algo em comum: estamos a chegar ou de partida para algum lado, e uma vez instalados nos respectivos lugares temos muitas horas pela frente sem nada de especial para fazer.
Estranhamente, aeroportos e aviões não se incluem nesta categoria. Penso que o facto de se possuir uma passagem aérea nos dá uma certa falta de modéstia, imcompatível com a prática de comunicar com estranhos.
Se no interior de um Museu, ou de visita a uma Catedral, somos apenas um turista no meio de muitos, outros momentos e locais há que nos remetem para a nossa condição de viajante solitário. É o caso, por exemplo, dos restaurantes e bares. "Mesa para um" é pouco usual! Evitei comer em restaurantes por esse motivo, mas não me safei algumas vezes. Primeiro, no estrangeiro - exactamente por se ser estrangeiro - temos desculpa, e depois é preciso adoptar uma certa postura de naturalidade, misturada com os fat-divers: uma revista para ler ou um guia da cidade que comprove a nossa condição de estrangeiro.
So far, so good.
Por último, não menos importante, e certamente incontornável, a verdadeira realidade de estarmos sozinhos! Sejamos sinceros, às vezes custa! Mas no momento seguinte, passa!
Classificação final: Aprovado!

quarta-feira, agosto 16, 2006

As águas de Budapeste


Chego a Budapeste às 9 horas, depois de 13 horas de viagem de comboio. Tenho pela frente as últimas 24 horas da minha viagem. Devido ao problema que tive com a máquina fotográfica no primeiro dia, decido voltar a alguns dos locais que tinha já visitado para tirar algumas fotos.
Resolvo tomar um café no mais célebre café da cidade, o Gerbeaud. O seu luxo e requinte oferece preços muito acima das minhas possibilidades, mas é o meu último dia, por isso disponho-me a pagar os 4 euros pelo café. Afinal até saiu barato, porque decido sair sem pagar! (Uma rebeldia à portuguesa).
Continua a chover em Budapeste! Mas desta vez, tudo é diferente. A começar por mim! Sinto agora um à vontade e uma descontracção fruto da "bagagem" de 13 dias de viagem, um sentimento muito diferente do primeiro dia que passei nesta cidade, quando tudo me era estranho, desconfortável e incerto. E depois, há uma feira na cidade! As feiras são para o viajante como porto seguro para os marinheiros. Há música, comes e bebes, bugigangas para comprar e uma multidão que não nos deixa sentir sós! Almoço na feira com um ilustre desconhecido, talvez o homem mais bonito com quem tomei uma refeição na vida. Acabado o almoço despedi-mos e cada um vai à sua vida, no meu caso vou aos banhos.
Os banhos são uma das melhores atracções de Budapeste, algo que ninguém deve perder se algum dia por aqui passar. Entre piscinas com água a 36 e 38 graus, sauna, massagens e duches, sentimo-nos um imperador no seu máximo momento de lazer. A segunda melhor sensação do dia (depois da companhia do almoço).
Regresso ao hostel e pergunto na recepção por um bom restaurante para a minha última refeição da viagem. Depois de alguns telefonemas, reservam-me uma mesa num restaurante indiano (ao sábado jantar em Budapeste exige marcarção em qualquer restaurante). Quando chego ao Indigo (indiano mas de alto nível) tenho uma mesa à minha espera e sou recebida pelo dono, um indiano de Goa, que aproveita a minha presença para recordar algumas palavras de português.
Passeio pela última vez por Budapeste, o "Paris do Leste".
Finalmente parou de chover!

sábado, agosto 12, 2006

Bratislava


Em Viena apanhei o autocarro das 9 horas para Bratislava. Demora apenas uma hora e meia.
A primeira visao da capital da Eslovaquia e desoladora. A estacao de autocarros fica apenas a 1 km do centro da cidade e esse caminho mostra predios recentes mas com aspecto degradado e sujo, ruas desertas, e aquele genero de comercio tipico dos suburbios que, em qualquer cidade do mundo, e preciso palmilhar muito para encontar. Exemplos? Lojas com artigos ortopedicos, lojas especializadas em mapas e outras que vendem perucas!
Passando o arco que da para a Praca da Camara Municipal entramos noutra realidade. A semelhanca de Praga, o centro historico de Bratislava descobre-se a partir de uma Praca Central (mais pequena que a de Praga) e de ruelas circundantes so para peoes. Com a grande diferenca que as ruas sao mais largas, organizadas e livres de multidoes de turistas. Cada porta e um cafe, uma loja ou um palacio/igreja, todos muito bem cuidados, limpos, com bom gosto e simplicidade. Os cafes sao modernos e as lojas mostram as ultimas tendencias da moda de Paris ou Nova Iorque. Tudo isto combina na perfeicao com a pequena vila que nos da uma sensacao de "cidade das bonecas".
A medida que o dia avanca, a Praca Central enche-se de gente que passeia, se senta nos bancos publicos ou prefere a esplanada de um cafe. Os precos desta cidade tudo permitem! Na esplanada do mais antigo cafe de Brastislava, com vista previligiada sobre a Praca, tomo uma bica por 1 euro. Mais tarde, almoco no mercado (provo o prato tipico da Eslovaquia, uma genero de uma massa com natas de cabra e bacon frito) por 2 euros. Ao lanche opto por um gelado, um cone de tres sabores a derreter pela baunilha abaixo, que me custa 0,80 euros.
Subo ao Castelo que tem uma vista linda sobre o Danubio - tambem aqui nada azul - e sobre a parte nova da cidade, para la da ponte. Com a entrada da Eslovaquia na UE em 2004, abriu-se a porta da liberalizacao dos precos e o pais comecou a ser invadido por grandes cadeias de lojas, shopings e outras grandes superficies. Grande parte ainda esta em construcao.
No Castelo tento apanhar um autocarro para Slavin, o cemiterio dos soldados russos mortos durante a II Guerra Mundial. Todas as pessoas a quem pergunto como posso la chegar acham estranho o meu desejo de la ir, e ninguem me sabe informar qual e o autocarro.
Entro num establecimento, que penso ser um banco, e la consigo a informacao. Pela primeira vez ando ao crava, porque nao consigo comprar bilhete. Arrisco!
A medida que o autocarro sobe a rua torna-se cada vez mais deserta. Desco na ultima paragem mas tenho ainda de percorrer cerca de 400 metros a pe por uma rua com casas lindissimas e modernas que me fazem lembrar os bairros das vedetas de Hollywood que se vem nos filmes americanos. Nao e por acaso. Ao fim da rua fica a embaixada dos E.U.A. Mais uma vez nao ha ninguem na rua senao eu.
Finalmente alcanco o Memorial. A entrada cruzo-me com um homem que me parece um sem abrigo e que me acompanha durante toda a visita falando-me sempre em eslovaco (acho eu!). Somos as unicas pessoas la. Nao se ouve nada e o local e grandioso. Tem, de certeza, a melhor vista sobre Bratislava. Valeu bem o esforco de la chegar.
Digo adeus ao senhor, que volta a deitar-se num canto, e comeco a descer. Sao horas de apanhar o autocarro de volta a Viena.

quinta-feira, agosto 10, 2006

O beijo


Fiquei fã dos bike tours. Descobri que quando se tem pouco tempo para conhecer uma cidade, não há melhor que a bicicleta: permite-nos ter uma noção geral dos locais a visitar, leva-nos menos tempo a alcançá-los e é ecológico. Por isso, inscrevi-me num bike tour por Viena.
Alguns dos locais por onde passamos a pedalar já eu tinha ontem percorrido a pé, mas hoje fiquei a saber alguma coisa sobre a História de Viena e outras curiosidades. Por exemplo: perante uma estátua dourada de Strauss (que inventou a valsa) soube que outrora tinha sido preta. Ao que parece, um grupo de turistas japoneses nos anos 80, achou que seria muito mais bonita se fosse dourada. De regresso ao Japão organizaram uma colecta de dinheiro que enviaram para o presidente da Câmara de Viena para que este revestisse a estátua a ouro. Ao que parece, os japoneses nao se limitam a disparar as suas câmaras fotograficas, sabem exactamente de que cor querem os objectos das suas fotos.
Da parte da tarde fui visitar o Palácio de Belvedere. Escolhi este museu, de entre os muitos que existem em Viena, por albergar a maior colecção de quadros do pintor Gustave Klimt. Entre outras obras lá estava ele: "O Beijo", o quadro mais carismático de Klimt.
Há algumas semanas fui ver o filme "Klimt" ao Monumental, sobre a vida deste pintor, com John Malkovich como Klimt. Talvez um dos piores filmes dos últimos tempos! Contudo, hoje, ao visitar o Belvedere consegui reconhecer algumas das suas obras e percebe-las um pouco melhor. Afinal os 5 euros gastos no filme valeram a pena!

Estou na recta final da minha viagem. Amanhã vou passar o dia a Bratislava e sábado regresso a Budapeste, ao ponto onde comecei.

quarta-feira, agosto 09, 2006

O bolo da noiva



Hoje foi um dia sem relógio: deitei-me ao meio dia em Viena , depois de 13 horas de viagem de comboio desde Berlim; acordei às 15 horas, almocei as 17 horas e jantei as 22 horas. Não fiz mais nada senão passear sem destino por esta cidade.
Li algures, antes de vir, que se Nova Iorque é a "Grande Maçã", então Viena é o "Bolo da Noiva". Nenhuma frase podia acentar melhor a esta cidade! Mas este é um bolo da noiva onde todos metem o dedo para provar o chantily, isto porque Viena é um monumento vivo!
Cada passo que damos deparamo-nos com mais um monumental palácio, museu, igreja, catedral, jardim... Mas ao contrário, por exemplo de Praga ou Roma, cidades onde dificilmente descobrimos verdadeiros moradores, em Viena, todos estes locais são desfrutados ao máximo pelos austríacos. Os parques e jardins estão cheios de gente a dormir uma sesta, jogar ao disco ou a fazer piqueniques; e nas ruas de comércio (repletas de gente - daí a alusão a Nova Iorque) conseguimos ver mais do que apenas japoneses com as suas câmaras digitais.
Ao entardecer fui andar na roda gigante (um clássico, tipo ir a Roma e não ver o Papa), mas vale a pena a vista lá de cima.
No hostel falaram-me num festival de cinema sobre música clássica. Resolvi passar por lá. Para além de um ecrã gigante instalado sobre o edificio da Câmara Municipal (qualquer coisa de grandioso) que passava um concerto de música clássica, toda esta praça está repleta de barraquinhas de comes e bebes (com muito gosto, qual cadeiras de plástico...). Decidi-me por uma paella (eu sei, nada típico...) e uma sangria. Sentei-me numa mesa onde já estava uma senhora. Era portuguesa! Conheci a Carla e a Ana, duas professoras de Lisboa que me acompanharam no jantar.
Afinal bebi mais duas sangrias enquanto acabava de ouvir o concerto. Vim para casa a assobiar!

terça-feira, agosto 08, 2006

O número 8


Descubro Berlim a pé no meu dia de viagem.
Longe das ruelas labirínticas e medievais de Praga, Berlim é uma cidade monumental, de ruas largas , grandes edifícios e onde se respira a era contemporânea. Pouco resta de uma cidade dividida pelo Muro durante 28 anos. Desde 1989 Berlim recuperou de forma espantosa a nível arquitectónico. Quase 18 anos depois (alguns edifícios ainda em obras estarão concluídos em 2007) a cupula e ruas em redor do Parlamento, a Potsdamer Platz, são o cartão de visita da modernidade. Mas nao só! Pelas ruas cruzam-se centenas de pessoas, a pé, de carro e de bicicleta e a única buzinadela que ouvi foi a campanhia de uma bicicleta. Contudo, a azáfama da capital alemã é tudo menos caótica. Ninguém resmunga com os turistas que, por engano, passeiam nas ciclovias, e os automobilistas param para os peões passarem, mesmo fora das passadeiras. Nesta cidade pode pisar-se a relva (e até fazer umas sestas) sem que a relva fique estragada, pode-se fumar sem incomodar quem não fuma e pode-se até ocupar uma espreguicadeira com vista para o museu, sem ter de consumir nada.
(Penso que em Berlim é muito fácil roubar qualquer coisa de uma loja ou comer e sair sem pagar. Aos alemães, simplesmente, não lhes passa isso pela cabeca, por isso, nada é controlado).
A linha de transportes públicos é brutalmente complexa (metro, comboio, eléctrico e autocarros) e, no entanto, nao podia ser menos descomplicada.
Se Praga era um 8 em ruas labirínticas (nunca consegui chegar a nenhum ponto através do mapa), enchentes de turistas e onde tudo nos era cobrado, Berlim é o 80: ruas largas, edifícios monumentais, total organização e uma grande liberdade de movimentos.

Dentro de 2 horas parto para Viena. Mais um país, outra cidade, com certeza, uma nova realidade!

segunda-feira, agosto 07, 2006

Berlim de bicicleta


Finalmente um dia sem chuva!
Resolvi fazer um bike tour, uma sugestão de uma rapariga australiana com quem troquei umas palavras no hostel. O meu hostel fica mesmo junto à TV Tower, uma torre com 203 metros de altura. Na base da torre fica a loja das bicicletas. O passeio foi muito interessante, primeiro porque é em grupo, depois porque dei um pouco de descanso aos pés e, principalmente, porque conseguimos ver os spots mais importantes da cidade em 5 horas, com direito a guia (muito engraçado) e explicações sobre os locais por onde vamos passando. Custa 20 euros, mas acho que foi o dinheiro melhor empregue até agora. Se alguma vez vierem a Berlim (Paris e Barcelona também) nao deixem de fazer o bike tour.
Berlim é uma cidade incrível. Se pensarmos que o Muro caiu em 1989, e com ele a Guerra Fria, e que a II Guerra Mundial deixou sequelas profundas na cidade, custa a crer no estado de Berlim actual! Existem edifícios antigos com cupulas modernas, canais, um parque gigante e lindo, mais de 100 museus... é dificil ver tudo isto em apenas 2 dias, mas o passeio de bicileta deu para ter uma ideia do que há para ver e amanhã vou repetir alguns locais.
Agora estou à espera que o Miguel acabe o trabalho para irmos dar uma volta (queremos ir ver o resta do Muro no Ckeck Point Charlie) e depois vamos jantar. Talvez o melhor jantar da minha viagem. É por conta dele!

Saudades


o 1h30 da manhã, mas não queria deixar-vos sem a crónica de hoje (já sei que alguns se habituaram à crónica diária com o cafézinho).
Cheguei hà poucas horas a Berlim e estive até agora com o Miguel. Finalmente alguém com quem falar português para matar saudades de casa...
O fim-de-semana foi, até agora, o pior momento da viagem. Sexta à noite tive um incidente no hostel que me fez perder várias horas de sono e hoje passei o dia todo em viagem. Enfim, nada de grave, mas o suficiente para nos deixar mais em baixo quando se está sozinha.
O tempo continua mau, chove, faz muito frio, e já tive de comprar uma camisola mais quentinha.
Ainda nao vi nada de Berlim, mas já percebi que os preços aqui são muito mais elevados... Bemvindos à velha Europa!!
O hostel destas próximas duas noites não parece mau, mas é decididamente pior que o de Praga.
Bem, vou para a caminha que já se faz tarde. Prometo que amanhã escrevo uma crónica com mais pormenores.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Alice no País das Maravilhas


Praga parece que foi desenhada. Às vezes custa a crer que more aqui alguém na realidade... Antes de partir disseram-me que em Praga me sentira como a Alice no País das Maravilhas. É mesmo verdade. A irrealidade desta cidade faz-nos sentir uma personagem aqui colocada para dar vida ao grande desenho.
Na personagem de Alice, caminhei por estas ruas toda a manhã... Da parte da tarde dei de caras com uma exposição de fotografia, do género World Press Photo. Fui ver. A exposição mostra imagens de vários conflitos mundiais, guerras, catástrofes e outras tristes realidades. A "Alice"desceu do mundo dos sonhos para a realidade.
Saí da exposição com lágrimas nos olhos. À saida percebi que o senhor que me tinha vendido o bilhete era o fotógrafo por detrás da câmara em todos aqueles cenários. Desde 1985, Jan Sibik testemunhou o pior do mundo e resgistou tudo com a sua máquina. Queria que ele me falasse um pouco sobre o seu trabalho, mas ele não mostrou qualquer interesse nas minhas perguntas. Écompreensivel! Afinal, não foi só a sua máquina fotografica a registar todos estes males do mundo...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Em trânsito

Partilhei o compartimento do comboio para Praga com duas japonesas e um italiano. Das japone~sas nada sei - a meio da noite trocaram de compartimento - mas fiz a minha primeira amizade da viagem com o italiano. Chama-se Fabricio, tem 44 anos, e de Parma, trabalha numa fabrica que produz pecas para motos e a mulher deixou-o ha 6 meses... E muito atencioso e acho que procura companhia, mas ja lhe contei que tenho um boyfriend back in Portugal nao fosse o caso de estar com ideias...
A noite no comboio foi interrompida inumeras vezes para controlo de bilhetes e passaportes, cada vez que passamos uma fronteira, que foram da da Eslovaqui e Rep. Checa. Rapei imenso frio, enquanto o meu companheiro de cabine ressonava quentinho no seu saco de cama. Estou a pensar em comprar um para as proximas viagens.
Chegamos a Praga as 6 da manha e estava tudo fechado na estacao. Tentei apanhar o metro mas nao tinha dinheiro checo. Levantei 200Ck no mulibanco mas continuava sem troco para a maquina dos bilhetes. Tentei trocar numa loja de cambios mas obrigaram-me a comprar um mapa em troca de trocos - simpaticos!
Procurei no centro alguns hoteis, todos carissimos e entao resolvi esperar num cafe pela abertura do posto de turismo. Quando finalmente abriu, as 9 horas, a senhora disse-me que apenas indicavam alojamento em Hotel e nao em Hostel: este S de diferenca significa muitos euros. A muito custo la me indicou um onde acabei por conseguir uma cama num quarto de 8 pessoas por 14 euros/noite com pequeno-almoco. O chek in no hotel era apenas as 13 horas, portanto resolvi ir tratar do bilhete para Berlim. Desta vez decidi-me pelo autocarro em vez do comboio porque e mais barato. Tenho ligacao para Berlim no proximo domingo as 14h30.
Regressei ao hotel depois de um duche ha muito esperado dormi duas horas.
Daqui a pouco vou assistir a um concerto de musica classica numa igreja - e de borla. Antes disso vou dar uma volta pela grande e linda Praca de Praga, ja aqui ao virar da esquina.
Aos que reclamam por fotos, fiquem sabendo que tive um problema na maquina em Budapeste, a pilha descarregou totalmente, portanto a minha primeira foto foi tirada hoje! De qualquer forma terao de esperar pelo meu regresso. Computadores em cibercafes nao tem porta USB, por isso nao consigo publicar fotos.
Mais uma vez peco desculpa por falta de acentuacao e pontuacao, mas teclado em Rep. Checa e ainda mais estranho.
Ate amanha!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Os amores de Picasso e os horrores da guerra


Como contar um dia cheio como este? A noite no Aventura também tem que se lhe diga, mas isso fica para uma próxima crónica.
Nao estava a chover quando acordei. Tomei o pequeno-almoço no hostel (estava incluído e não era mau) e sai. Atravessei a Ponte das Correntes para Buda (o Danúbio divide Peste de Buda) e visitei a zona do Castelo, uma parte mais antiga da cidade, mais pitoresca e também mais turistica (japoneses com as suas máquinas fotograficas por todo o lado).
Voltei a descer a encosta e atravessei de novo a ponte para Peste. Um guia de viagens dizia que Budapeste é Paris do Leste... consigo perceber o porquê: encontro semelhanças arquitectónicas e as margens do Danúbio do lado de Peste lembram um pouco as margens do Sena, mas sem a monumentalidade parisiense.
Almocei no Central Market, um "gulash" que é um guisado como o nosso mas com caldo. É óptimo e foi muito barato.
Fui até aà Praça dos Heróis e um dos Museus anunciava duas exposições temporárias: Picasso e Rembrand. Entrei (de borla, com a Carteira de Jornalista o bilhete é grátis e parece que ficam contentes com a minha visita) e fui ver "Os amores de Picasso" sobre a influância das mulheres na sua vida artistica.
De seguida fui visitar a Casa do Terror (mais uma vez nao paguei), um dos Museus mais interessantes que já visitei, pela sua organização, nao tanto pela temática: o próprio edifício foi sede do partido Nazi durante a ocupação da Hungria.
De momento estou de volta ao Aventura Hostel para buscar a minha mochila e seguir para a Estação onde vou apanhar o comboio para Praga.
Amanhã escrevo-vos da República Checa.

terça-feira, agosto 01, 2006

Ver chover em Budapeste


A viagem correu bem. Chegada ao aeroporto apanhei um autocarro para a estação de Kobanya onde apanhei o metro para Nyugati Pu. Li num guia que Budapeste foi a primeira cidade europeia a instalar um aparelho de ar condicionado. Não parece! No metro e na estação estava um forno húmido.
Foi fácil dar com o Aventura Hostel. Já percebi porque se chama assim... Se alguém viu o filme "Residência Espanhola", imagine algo parecido mas mais desarrumado e com mais gente. Os meus companheiros de quarto são 3 italianos, mas não falam muito...
Depois de deixar a mochila sai logo de seguida e fui até à estação comprar o bilhete para Praga. Tenho comboio amanhã às 19h55 (chega a Praga às 6 da manhã). O bilhete custou-me uma fortuna mas o senhor garantiu-me que é directo, não e preciso trocar de comboio. Foi caro mas poupo uma noite de estadia.
Passei pela rua Vaci, muito famosa mas não me convenceu: tem lojas e um shopping.
No regresso ao Aventura parei num café e tomei uma bica à portuguesa (bem boa). Estava na esplanada a programar o dia de amanhã quando desatou a chover como eu não me lembro de ter visto (a trovejar também). Ainda não parou!
Voltei para o hostal e tomei um duche. O cibercafé onde me encontro fica na porta ao lado.
Vou jantar numa pizaria aqui ao lado porque o tempo não está de feição para grandes passeios(bendito impermeável que comprei à última da hora).

Como primeira impressão Budapeste pareceu-me escuro. O tempo não ajuda, mas nao é só pelo céu. A cidade tem pouca cor, é toda em tons cinzentos. Ainda não consegui ver grande coisa e só espero que não chova amanhã...

segunda-feira, julho 31, 2006

Countdown

Onde andarei amanhã por esta hora? Em Budapeste, é certo, mas a fazer o quê, que paisagem terei pela frente, que sentimentos me despertará o primeiro dia desta aventura?
É difícil parar de pensar em tudo isto, mesmo quando tenho pouco tempo para parar: malas para fazer, últimas coisas a comprar, despedidas...

Bagagem
Maior que a limitação de 20 quilos de bagagem imposta pelas companhias aéreas, é a limitação das minhas costas. Durante 13 dias terei de carregar às costas roupa, livros e outros objectos. É preciso ser prático e fazer cedências: abdiquei de alguns acessórios pesados como o secador de cabelo e um par de sapatos extra, e troquei 4 t-shirts e 1 par de calças por um frasco com detergente da roupa. Em viagens como esta (literalmente com a casa às costas), cada peça de roupa que não usarmos é sinal que uma outra ficou em casa e nos fará falta.
Levo também um rolo de papel higiénico (os viajantes sofrem muito de desrregulação intestinal), alguns medicamentos para pequenas emergências, Dodots para "lavagens" rápidas e um kit dentário que cabe na palma da mão.
Livros e guias de viagem pesam bastante, mas são indespensáveis. À medida que os vou lendo, despacho-os pelo correio para endereço materno.
Uma máquina fotográfica e um Mp3 completam a bagagem.

*****
Quero agradecer a todos pelos vossos comentários , alguns muito inspirados e inspiradores.
Este blog não faria sentido sem a interactividade que lhe é própria.
Próxima crónica: amanhã, em directo de Budapeste!

sexta-feira, julho 28, 2006

De partida

A Hungria, a República Checa e a Eslováquia são 3 dos novos países da Europa dos 25.
Numa Europa mais distante (geograficamente, mas não só) das capitais cosmopolitas como Londres, Paris ou Roma, os países do Centro - que nos habituámos a chamar "de Leste" - evocam-me, em vésperas de partida, o antecipar de novos mundos. Receio vir a desiludir-me!
As pesquisas que tenho feito denunciam cidades limpas, cuidadas, organizadas e com melhores infraestruturas para o turismo do que, por exemplo, Lisboa.
Afinal, quem estará a leste? Eles ou nós?
Faltam 3 dias para ficar a saber...

segunda-feira, julho 24, 2006

"Vale a pena viajar, perder tempo e gastar dinheiro, quando se aprende alguma coisa nova sobre o mundo e sobre nós próprios. Essa é no fundo a grande diferença entre um simples turista e um viajante."

sexta-feira, julho 21, 2006

Viajar sozinha - a grande decisão

A ideia de partir em viagem apenas comigo enquanto companhia já me tinha ocorrido mais do que uma vez. Este ano, e deparada com as propostas de férias que se me apresentavam, voltei a pensar na ideia...
Tem grandes vantagens viajarmos sozinhos:podemos decidir o destino, as datas e os locais a visitar, organizar o tempo em função dos nossos interesses; existem mais possibilidades de conhecer pessoas que viajam nas mesmas circunstâncias e, é claro, dá-nos a sensação de que se sobrevivermos a uma aventura destas, conseguiremos fazer qualquer outra coisa de futuro!
Tem também as suas desvantagens, entre as quais, a que mais se destaca é o facto de não podermos ter ninguém ao nosso lado para partilhar momentos, paisagens e situações maravilhosas... Ficam sempre as fotografias e as memórias para mais tarde mostrar aos amigos.
Decisão tomada, optei por algumas capitais da Europa Central, primeiro porque não conheço, depois porque quando se viaja sozinho é bom ter o tempo ocupado com muito que ver.
Numa agência de viajens comprei um bilhete de avião ida e volta para Budapeste, capital da Hungria (as viagens de low cost nem sempre coincidem com os nossos planos).
A partir de Budapeste viajarei de comboio pela República Checa, Áustria, Eslováquia e Berlim (não necessariamente por esta ordem).
Pretendo actualizar este blog diariamente (sempre que isso for possível - depende dos cibercafés que for encontrando) e, desse modo, ir aqui registando as minhas andanças, aventuras, desventuras, inquietações, ideias e impressões. Prometo ser fiel a datas, locais e factos históricos. Quanto ao resto, a imaginação encarregar-se-á de juntar as palavras. Esta é outra das vantagens de se viajar sozinho: tudo nos é permitido!
Faltam apenas 10 dias...